Trópicos
Você já parou para pensar no impacto que você cria ao redor do mundo?
A artista Rafaele Andrade convida você a entender como nossas pequenas ações ressoam em um planeta globalizado. Trópicos, uma performance multicultural, combina música, design e arte multimídia para abordar questões contemporâneas que conectam países e culturas, explorando seus desafios socioambientais. Através de uma performance que mescla voz, instrumentos feitos à mão e narrativas interativas, Trópicos reflete sobre tecnologias e iniciativas locais em países emergentes e como elas podem servir como ferramentas de autonomia e empoderamento. Rafaele propõe alternativas baseadas na autossuficiência cultural e tecnológica, questionando a dependência de sistemas externos.
Um olhar sobre os Trópicos
América Latina, Sudeste Asiático e África, marcadas pela exploração colonial e desafios econômicos contemporâneos, mostram-se férteis para inovações locais. Inspirado em Futura Trōpica Netroots, de Juan Pablo García Sossa, Trópicos destaca como as tecnologias manuais e relações horizontais no mundo fortalecem a autonomia de regiões emergentes. O projeto promove a cooperação entre culturas tropicais, valorizando práticas locais em contraposição à divisão global entre Norte e Sul.
A Linguagem da Performance
Em Trópicos, Rafaele utiliza idiomas como português, espanhol, inglês, cantonês e holandês para conectar culturas e incluir diferentes contextos. Suas obras discutem apropriação cultural, justiça social e decolonialismo, reconhecendo nuances linguísticas e promovendo diálogos globais por meio da arte.
Programa
INAYÊ (PT/NL)
Inayê vende água de coco por R$0,50 em Natal. Se estivesse em outro lugar, ganharia o mesmo pelas mesmas condições de trabalho? Por que aceitamos desigualdades salariais? Como influenciamos práticas trabalhistas justas em contextos distantes?
TRÓPICOS (PT/EN)
Juan Pablo García Sossa propõe fundamentar-se nas linhas dos trópicos para construir conexões entre países de habitats similares. Será que, com essa perspectiva, poderíamos superar a divisão global entre Norte e Sul e ressignificar as narrativas de culturas periféricas de maneira mais inclusiva?
TIETÊ (PT/EN)
Em São Paulo, muitas pessoas enfrentam longas horas no transporte público. Seus bairros se transformam continuamente para atender às necessidades globais. Até que ponto faz sentido para as macro cidades dependerem de relações globais para estimular seu desenvolvimento urbano?
PIEDRA POR PIEDRA (ES/EN)
No Brasil, o desmatamento ilegal destrói ecossistemas e terras indígenas. Como nossos hábitos de consumo perpetuam isso? Que alternativas podem ser promovidas?
ZO VER WEG (EN/NL/ES/PT)
Vivemos em um mundo hiperconectado digitalmente, mas paradoxalmente mais isolado do que nunca. Como resgatar a interação humana em um mundo mediado por telas e redes sociais?
VAMOS CONVERSAR? (ES/NL/EN/PT)
No Brasil, onde tudo é mistura e improviso*, como podemos promover culturas sem desrespeitar suas origens? Como julgar a apropriação cultural em um mundo globalizado?